O blockchain permite uma nova forma de captação de recursos, conhecida como ICO, uma analogia ao IPO, a oferta de pública de Ações nas tradicionais bolsas de valores. Na prática são ofertados ativos digitais, chamados de tokens, em troca de recursos financeiros (criptomoedas), em geral bitcoins ou ethers.

As condições dessas ofertas, como aporte mínimo, prazo para aporte dos recursos, relação entre aporte e tokens recebidos, possibilidade de resgate e outros aspectos operacionais relevantes podem ser estabelecidos em um contrato inteligente, que executa estritamente o que está escrito, mais precisamente codificado, independente da vontade de seus desenvolvedores, investidores ou “donos”. Informações adicionais, como detalhes da ideia, análise de mercados, projeções de crescimento, descrição do negócio, dentre outros pontos para demonstrar credibilidade aos investidores são apresentados em um documento textual (White paper).

Esses ativos digitais, os tokens, nada mais são que uma representação quantitativa de algo que dentro do contexto deste contrato inteligente tem valor, em outras palavras, ao investir uma quantidade de criptomoedas (coins), se recebe uma quantidade de ativos digitais em troca (tokens), que, de forma objetiva, podem ser divididas em três categorias em função dos direitos que conferem aos seus titulares:

Utility token (são sinônimos User Tokens e App Tokens) – Conferem o direito a uma recompensa em serviços ou produtos do emissor (assemelha-se aos vouchers e crowdfunding).

Security token – Confere o direito na participação dos dividendos do emissor (assemelha-se a uma ação preferencial). Não aceito no Brasil.

Equity token – Confere o direito a voto, além da participação nos dividendos do emissor (assemelha-se a uma ação ordinária).

DAO – Descentralized Autonomous Organization – Gerir uma empresa de forma Autônoma e descentralizada.

… dApp – descentralized Application –

DESAFIOS

– Custo da transação;

– Privacidade;

– Falta de jurisprudência;

– Escassez de talentos (desenvolvedores).